sábado, 13 de fevereiro de 2010
A IMPORTÂNCIA DOS "EXTREMÓFILOS"
O termo “extremófilo” foi usado pela primeira vez por MacElroy em 1974, para designar organismos que proliferam em ambientes extremos. A necessidade de definição transfere-se assim para “ambiente extremo”. Os taxonomistas definem ambientes extremos como aqueles que apresentam diversidade biológica restrita visto que a maioria dos organismos é excluída. A adaptação de organismos a condições ambientais extremas obrigou-os a desenvolver componentes celulares e estratégias bioquímicas para o efeito. Devido às características “excêntricas” destes microrganismos, os componentes moleculares deles retirados possuem muitas vezes propriedades que os tornam especialmente adequados para utilização em processos industriais.Neste contexto, é hoje geralmente aceito que estes microrganismos constituem um precioso repositório de moléculas de interesse industrial, sendo também um excelente recurso para o desenvolvimento de novas aplicações biotecnológicas que podem revolucionar o nosso quotidiano.
A contribuição prática mais significativa dos extremófilos para a biotecnologia é sem dúvida a vasta de “extremozimas” atualmente disponíveis no mercado. Estas enzimas provam cada vez mais a sua capacidade para alargar o espectro de condições em que é possível a utilização de biocatalizadores em processos industriais. À medida que vamos compreendendo melhor a fisiologia, enzimologia e bioquímica destes organismos e avançando no conhecimento dos mecanismos utilizados para proteger as suas estruturas celulares, é de prever que se desenvolvam protocolos para produzir “extremo-moléculas” ou adaptar as existentes às nossas exigências específicas, tornando os processos biotecnológicos mais rentáveis. A sua aplicação nas indústrias farmacêutica, alimentar,têxtil, de detergentes e de petróleo é hoje uma realidade que nos permite imaginar que ainda há muitas aplicações por explorar.
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