terça-feira, 16 de março de 2010
MEDICAMENTOS ANTIRETROVIRAIS - TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO - VIRUS HIV
O HIV é um vírus classificado como retrovírus porque possui apenas RNA na composição de seu material genético. Por esse motivo, o HIV necessita instalar-se em células humanas complexas com DNA para, associado ao material genético da célula hospedeira, reduplicar-se. Assim, através da ação de uma enzima chamada transcriptase reversa, o vírus tem seu material reproduzido, dando origem a novos vírus.
É sobre essa enzima que alguns dos medicamentos antiretrovirais existentes vão atuar. É necessário enfatizar que esses medicamentos não têm função de matar o HIV. Eles apenas inibem e impedem a ação daquela enzima, dificultando a reduplicação do vírus.
O antiretroviral mais conhecido é o AZT. Ele foi aprovado e autorizado para uso em 1987. Desde então vem sendo usado em larga escala, a critério médico. No entanto, o HIV pode adquirir resistência ao medicamento. Além disso, o AZT pode provocar efeitos colaterais.
Atualmente, encontram-se aprovados para uso outros três antiretrovirais: o DDI, o DDC e o D4T. No Brasil, o serviço público de saúde já opera com o DDI, utilizado para aqueles casos de intolerância ao AZT ou em uso combinado ao AZT. Ambos agem sobre a transcriptase reversa.
Mais recentemente estão sendo pesquisados outros medicamentos que se propõem a atuar sobre a fase final de reduplicação do HIV e agir sobre uma enzima chamada protease. Esses medicamentos são conhecidos como inibidores de protease.
Atualmente, verificou-se que a combinação de terapias com o uso de inibidores de transcriptase reversa e de protease, concomitantemente, oferece resultados mais eficazes na ação direta contra o vírus.
SOBRE A TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO
Durante todo o período de existência e propagação da epidemia de HIV/AIDS, algo foi imprescindível para estabelecer medidas de controle sobre a disseminação do vírus: conhecer suas formas e seus meios de transmissão, bem como as maneiras de prevenir-se.
Desde o início, essa epidemia mobilizou esforços da comunidade científica no sentido de descobrir, de maneira rápida, os meios de reagir contra a contaminação pelo HIV. Infelizmente, esse movimento veio envolvido por vários equívocos que tentavam localizar entre grupos marginalizados pelo padrão sexual focos de infecção pelo HIV.
Assim, a possibilidade de evolução da epidemia foi diretamente relacionada a medidas de restrição sobre aqueles segmentos sociais. A exclusão, o isolamento, a intolerância, a discriminação vieram acompanhados pela adoção da testagem compulsória, da quebra de sigilo em alguns casos, de opiniões contrárias à ética e à cidadania, de demissões nos empregos, de negligências.
AIDS ultrapassou o espaço médico-científico e invadiu o espaço social, criando uma lógica específica e delimitando um campo onde as ações humanas estão sempre a reboque de interesses que atropelam a dignidade e o respeito humanos.
Como veremos a seguir, as formas e meios de transmissão do HIV já foram delimitados e definidos pela ciência. Avançando nesse campo, atravessamos para outro sobre o qual se situam as dificuldades de aceitação da epidemia, os preconceitos, os impedimentos morais e a falta de conhecimento para a convivência natural e social com pessoas com HIV/AIDS. Desse modo, podemos perceber que a prevenção não é apenas um trabalho técnico-científico, mas também um trabalho de educação, de mudança de comportamentos e formas de pensar, de reorganização social para a reinserção da pessoa com HIV ou doente com AIDS.
O HIV (nas pessoas portadoras do vírus) pode ser encontrado em todos os fluídos corpóreos, ele tem poder de contaminação quando no sangue, nas secreções sexuais (esperma e secreção vaginal), no leite materno, qualquer contato de mucosa com mucosa, principalmente se tiver secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o HIV, pois todas essas secreções são contaminadas com HIV se essa pessoa tiver o vírus. A transmissão acontece pelo sexo oral também. As mucosas têm uma capacidade muito grande de absorção, se houver um vírus, pode haver contágio. SEXO ORAL SEM CAMISINHA NÃO É SEGURO!
O estrito controle do sangue transfundido e de todos os seus derivados é medida obrigatória aos bancos de sangue e aos órgãos de saúde, bem como direito e dever de todos os cidadãos.
Os usuários de drogas injetáveis também devem se prevenir desinfetando suas agulhas e seringas ou evitando compartilhá-las.
Através de práticas sexuais mais seguras podemos evitar a transmissão do HIV. Para tanto, deve-se fazer uso do sexo mais seguro e do preservativo nas relações sexuais de qualquer tipo (oral, vaginal e anal).
Como o HIV não é transmitido
Não há risco de se contrair o HIV no convívio familiar, social ou profissional. O vírus da AIDS não é transmitido pelo ar ou pela água, nem é absorvido pela pele.
A transmissão não ocorre:
- pelo espirro, através de alimentos, pelo uso comum de copos, talheres, pratos ou utensílios de cozinha em geral e de roupas de cama;
- através de pias, privadas, banheiras, piscinas, saunas, elevadores, ônibus, metrôs ou pelo manuseio de cédulas de dinheiro e moedas;
- por dormir no mesmo quarto, trabalhar na mesma sala, freqüentar a mesma escola, cinemas, teatros e restaurantes;
- pelo aperto de mão, abraços e beijos;
- através da doação de sangue, desde que o material utilizado seja descartável ou esterilizado,
- não há qualquer evidência científica de que o HIV possa ser transmitido por picadas de insetos.
Procedimentos de biossegurança
Fora do organismo humano, o HIV é pouco resistente, e pode ser destruído facilmente das seguintes formas:
- Aquecimento à temperatura de 56 (cinquenta e seis) graus, durante 30 (trinta) minutos;
- Esterilização de instrumentos através do processo de autoclave ou panela de pressão, por 30 (trinta) minutos, ou por estufa, por 120 (cento e vinte) minutos;
- Imersão dos objetos em:
* Hipoclorito de sódio (água sanitária), durante 30 (trinta) minutos,
* Água oxigenada (dez volumes), durante 30 (trinta) minutos e
* Etanol (álcool comum), durante 30 (trinta) minutos.
Cuidados - normais de higiene
É importante exigir que os instrumentos utilizados por dentistas, farmacêuticos, médicos, manicures, calistas, barbeiros, acupunturistas, tatuadores etc tenham sido devidamente esterilizados.
Não é recomendável a utilização imediata e sem prévia limpeza de objetos pessoais que possam ter tido contato com o sangue de outras pessoas, como, por exemplo, aparelhos de barbear ou depilar, alicates de cutícula, escovas de dente, etc.
Mitos e lendas
Durante a existência e evolução da epidemia de HIV/AIDS, foram sendo criados alguns mitos que afastariam o risco de contaminação pelo HIV. Consideramos relevante listar rapidamente alguns deles aqui para chamar atenção sobre o universo imaginário e simbólico que subsiste a essa epidemia.
A sensação de onipotência nos faz sentir todo-poderosos, imunes inclusive à contaminação pelo HIV. Essa impressão nos leva a imaginar que a AIDS seja uma doença distante de nós, e que só as outras pessoas estão sujeitas a se contaminarem.
Ainda se ouve falar também que uma das formas de prevenção contra o HIV é a redução de parceiros sexuais. Essa hipótese tem como pano de fundo um falso moralismo, e não pode ser considerada como forma de prevenção, pois dentre um número reduzido de parceiros pode se encontrar alguém contaminado, e o contato sem proteção com suas secreções sexuais implica em risco de contaminação. Sexo só com proteção.
Muitas pessoas se consideram distantes também dos riscos de contaminação pelo HIV por se relacionarem sexualmente apenas com parceiro único, em relacionamentos "estáveis". Acontece que, num dado momento, esta pessoa vem a trocar de parceiro, saindo de uma relação "estável" para iniciar outra. O que se pode observar é que, ao longo de sua vida, essa pessoa acaba tendo uma série de relacionamentos com pessoas diferentes, o que também implica grandes riscos de contaminação.
Outro fato a ser destacado é a "purificação" do parceiro. É comum se verificar que, com o passar do tempo, as pessoas "purificam" seus parceiros e abandonam os procedimentos seguros. E isto ocorre sem que haja uma ampla discussão a respeito do assunto, ignorando-se as situações de risco vividas anteriormente pelos parceiros, que muitas vezes nem chegam a ser conhecidas.
A questão dos relacionamentos verdadeiramente monogâmicos é simplesmente o "verdadeiramente". Em tempos de AIDS, o correto é que os parceiros discutam seriamente a problemática dos riscos, com muita sinceridade, franqueza e honestidade, com o objetivo de preservar a vida.
Um vírus não tem moral. Ele não reconhece a moralidade humana. Não adianta dizer pra ele "olha, você é só de pessoas promíscuas", ou "você é uma doença só de homossexuais", ou "você é só de pecadores". O HIV não se comporta dessa maneira. A epidemia tem se espalhado de tal maneira, que ela atingiu mulheres, jovens, crianças, velhinhos, heterossexuais, homossexuais, todo mundo. Onde tem espaço, o HIV entra!
Quando os primeiros casos de AIDS foram identificados, pensou-se que apenas algumas pessoas, pertencentes a alguns grupos específicos (homossexuais, usuários de drogas injetáveis, prostitutas) seriam atingidos pela doença. Atualmente se sabe que não existem grupos de risco e sim comportamentos de risco e que desta forma todos nós estamos sujeitos à infecção pelo HIV, desde que os cuidados básicos não sejam tomados.
É sobre essa enzima que alguns dos medicamentos antiretrovirais existentes vão atuar. É necessário enfatizar que esses medicamentos não têm função de matar o HIV. Eles apenas inibem e impedem a ação daquela enzima, dificultando a reduplicação do vírus.
O antiretroviral mais conhecido é o AZT. Ele foi aprovado e autorizado para uso em 1987. Desde então vem sendo usado em larga escala, a critério médico. No entanto, o HIV pode adquirir resistência ao medicamento. Além disso, o AZT pode provocar efeitos colaterais.
Atualmente, encontram-se aprovados para uso outros três antiretrovirais: o DDI, o DDC e o D4T. No Brasil, o serviço público de saúde já opera com o DDI, utilizado para aqueles casos de intolerância ao AZT ou em uso combinado ao AZT. Ambos agem sobre a transcriptase reversa.
Mais recentemente estão sendo pesquisados outros medicamentos que se propõem a atuar sobre a fase final de reduplicação do HIV e agir sobre uma enzima chamada protease. Esses medicamentos são conhecidos como inibidores de protease.
Atualmente, verificou-se que a combinação de terapias com o uso de inibidores de transcriptase reversa e de protease, concomitantemente, oferece resultados mais eficazes na ação direta contra o vírus.
SOBRE A TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO
Durante todo o período de existência e propagação da epidemia de HIV/AIDS, algo foi imprescindível para estabelecer medidas de controle sobre a disseminação do vírus: conhecer suas formas e seus meios de transmissão, bem como as maneiras de prevenir-se.
Desde o início, essa epidemia mobilizou esforços da comunidade científica no sentido de descobrir, de maneira rápida, os meios de reagir contra a contaminação pelo HIV. Infelizmente, esse movimento veio envolvido por vários equívocos que tentavam localizar entre grupos marginalizados pelo padrão sexual focos de infecção pelo HIV.
Assim, a possibilidade de evolução da epidemia foi diretamente relacionada a medidas de restrição sobre aqueles segmentos sociais. A exclusão, o isolamento, a intolerância, a discriminação vieram acompanhados pela adoção da testagem compulsória, da quebra de sigilo em alguns casos, de opiniões contrárias à ética e à cidadania, de demissões nos empregos, de negligências.
AIDS ultrapassou o espaço médico-científico e invadiu o espaço social, criando uma lógica específica e delimitando um campo onde as ações humanas estão sempre a reboque de interesses que atropelam a dignidade e o respeito humanos.
Como veremos a seguir, as formas e meios de transmissão do HIV já foram delimitados e definidos pela ciência. Avançando nesse campo, atravessamos para outro sobre o qual se situam as dificuldades de aceitação da epidemia, os preconceitos, os impedimentos morais e a falta de conhecimento para a convivência natural e social com pessoas com HIV/AIDS. Desse modo, podemos perceber que a prevenção não é apenas um trabalho técnico-científico, mas também um trabalho de educação, de mudança de comportamentos e formas de pensar, de reorganização social para a reinserção da pessoa com HIV ou doente com AIDS.
O HIV (nas pessoas portadoras do vírus) pode ser encontrado em todos os fluídos corpóreos, ele tem poder de contaminação quando no sangue, nas secreções sexuais (esperma e secreção vaginal), no leite materno, qualquer contato de mucosa com mucosa, principalmente se tiver secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o HIV, pois todas essas secreções são contaminadas com HIV se essa pessoa tiver o vírus. A transmissão acontece pelo sexo oral também. As mucosas têm uma capacidade muito grande de absorção, se houver um vírus, pode haver contágio. SEXO ORAL SEM CAMISINHA NÃO É SEGURO!
O estrito controle do sangue transfundido e de todos os seus derivados é medida obrigatória aos bancos de sangue e aos órgãos de saúde, bem como direito e dever de todos os cidadãos.
Os usuários de drogas injetáveis também devem se prevenir desinfetando suas agulhas e seringas ou evitando compartilhá-las.
Através de práticas sexuais mais seguras podemos evitar a transmissão do HIV. Para tanto, deve-se fazer uso do sexo mais seguro e do preservativo nas relações sexuais de qualquer tipo (oral, vaginal e anal).
Como o HIV não é transmitido
Não há risco de se contrair o HIV no convívio familiar, social ou profissional. O vírus da AIDS não é transmitido pelo ar ou pela água, nem é absorvido pela pele.
A transmissão não ocorre:
- pelo espirro, através de alimentos, pelo uso comum de copos, talheres, pratos ou utensílios de cozinha em geral e de roupas de cama;
- através de pias, privadas, banheiras, piscinas, saunas, elevadores, ônibus, metrôs ou pelo manuseio de cédulas de dinheiro e moedas;
- por dormir no mesmo quarto, trabalhar na mesma sala, freqüentar a mesma escola, cinemas, teatros e restaurantes;
- pelo aperto de mão, abraços e beijos;
- através da doação de sangue, desde que o material utilizado seja descartável ou esterilizado,
- não há qualquer evidência científica de que o HIV possa ser transmitido por picadas de insetos.
Procedimentos de biossegurança
Fora do organismo humano, o HIV é pouco resistente, e pode ser destruído facilmente das seguintes formas:
- Aquecimento à temperatura de 56 (cinquenta e seis) graus, durante 30 (trinta) minutos;
- Esterilização de instrumentos através do processo de autoclave ou panela de pressão, por 30 (trinta) minutos, ou por estufa, por 120 (cento e vinte) minutos;
- Imersão dos objetos em:
* Hipoclorito de sódio (água sanitária), durante 30 (trinta) minutos,
* Água oxigenada (dez volumes), durante 30 (trinta) minutos e
* Etanol (álcool comum), durante 30 (trinta) minutos.
Cuidados - normais de higiene
É importante exigir que os instrumentos utilizados por dentistas, farmacêuticos, médicos, manicures, calistas, barbeiros, acupunturistas, tatuadores etc tenham sido devidamente esterilizados.
Não é recomendável a utilização imediata e sem prévia limpeza de objetos pessoais que possam ter tido contato com o sangue de outras pessoas, como, por exemplo, aparelhos de barbear ou depilar, alicates de cutícula, escovas de dente, etc.
Mitos e lendas
Durante a existência e evolução da epidemia de HIV/AIDS, foram sendo criados alguns mitos que afastariam o risco de contaminação pelo HIV. Consideramos relevante listar rapidamente alguns deles aqui para chamar atenção sobre o universo imaginário e simbólico que subsiste a essa epidemia.
A sensação de onipotência nos faz sentir todo-poderosos, imunes inclusive à contaminação pelo HIV. Essa impressão nos leva a imaginar que a AIDS seja uma doença distante de nós, e que só as outras pessoas estão sujeitas a se contaminarem.
Ainda se ouve falar também que uma das formas de prevenção contra o HIV é a redução de parceiros sexuais. Essa hipótese tem como pano de fundo um falso moralismo, e não pode ser considerada como forma de prevenção, pois dentre um número reduzido de parceiros pode se encontrar alguém contaminado, e o contato sem proteção com suas secreções sexuais implica em risco de contaminação. Sexo só com proteção.
Muitas pessoas se consideram distantes também dos riscos de contaminação pelo HIV por se relacionarem sexualmente apenas com parceiro único, em relacionamentos "estáveis". Acontece que, num dado momento, esta pessoa vem a trocar de parceiro, saindo de uma relação "estável" para iniciar outra. O que se pode observar é que, ao longo de sua vida, essa pessoa acaba tendo uma série de relacionamentos com pessoas diferentes, o que também implica grandes riscos de contaminação.
Outro fato a ser destacado é a "purificação" do parceiro. É comum se verificar que, com o passar do tempo, as pessoas "purificam" seus parceiros e abandonam os procedimentos seguros. E isto ocorre sem que haja uma ampla discussão a respeito do assunto, ignorando-se as situações de risco vividas anteriormente pelos parceiros, que muitas vezes nem chegam a ser conhecidas.
A questão dos relacionamentos verdadeiramente monogâmicos é simplesmente o "verdadeiramente". Em tempos de AIDS, o correto é que os parceiros discutam seriamente a problemática dos riscos, com muita sinceridade, franqueza e honestidade, com o objetivo de preservar a vida.
Um vírus não tem moral. Ele não reconhece a moralidade humana. Não adianta dizer pra ele "olha, você é só de pessoas promíscuas", ou "você é uma doença só de homossexuais", ou "você é só de pecadores". O HIV não se comporta dessa maneira. A epidemia tem se espalhado de tal maneira, que ela atingiu mulheres, jovens, crianças, velhinhos, heterossexuais, homossexuais, todo mundo. Onde tem espaço, o HIV entra!
Quando os primeiros casos de AIDS foram identificados, pensou-se que apenas algumas pessoas, pertencentes a alguns grupos específicos (homossexuais, usuários de drogas injetáveis, prostitutas) seriam atingidos pela doença. Atualmente se sabe que não existem grupos de risco e sim comportamentos de risco e que desta forma todos nós estamos sujeitos à infecção pelo HIV, desde que os cuidados básicos não sejam tomados.
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