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PROJETO VIDA (VIVENCIANDO - INTERAGINDO- DESCOBRINDO- APRENDENDO)

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Objetivo: Orientar e sensibilizar os adolescentes nas questões relacionadas à sexualidade através do respeito à liberdade de escolha de forma consciente, visando um planejamento de uma vida sexual saudável, com respeito ao próprio corpo e o dos outros, tratando assuntos íntimos com objetividade, de forma integrada e destacando a sexualidade no contexto histórico/cultural BLOG: http;//sexualidadeaaz.blogspot.com

MÚSICA DA SEMANA....

terça-feira, 16 de março de 2010

AÇÃO DO HIV NO SISTEMA IMUNOLÓGICO



Quando o indivíduo se expõe a alguma situação de risco e contrai o HIV, o sistema imunológico reconhece sua presença e dá início à produção de anticorpos anti-HIV, na tentativa de neutralizar seus efeitos. O HIV, porém, vai se alojar dentro de algumas células do organismo, inclusive dentro das células coordenadoras do sistema imunológico (os linfócitos).

Em geral, o processo de produção de anticorpos pode ser iniciado com até duas semanas de retardo, contadas a partir do momento da contaminação, estendendo-se até três meses após o momento do contágio. Essa faixa de tempo ocorre em 98% dos casos, sendo denominada soroconversão ou "janela imunológica". Em casos mais raros esse período pode se estender até seis meses.

Sabe-se que desde o momento de entrada do vírus no organismo humano ocorre uma reação das células de defesa tão logo elas tenham identificado e localizado a presença do vírus. Inicia-se um processo de embate entre a carga viral e as células imunológicas na tentativa de manter o funcionamento da imunidade corporal em equilíbrio. Esse ciclo se repete até que o sistema imunológico, desorganizado, não consiga mais desempenhar seu papel de defesa do organismo contra o ataque dos agentes causadores de doenças, o que se traduz na condição de imunodeficiência.

O organismo, incapaz de se proteger contra o ataque dos agentes causadores de doenças, fica vulnerável a uma série de infecções oportunistas, assim chamadas porque se aproveitam da oportunidade do sistema imunológico estar desorganizado para se manifestarem.

Portadores assintomáticos e sintomáticos do HIV, e pessoas com AIDS

Contraído o HIV, ocorre no indivíduo um processo infeccioso - que normalmente passa despercebido - e, como já vimos, o HIV vai se alojar dentro das células do sistema de defesa, iniciando seu processo de reprodução. Durante esse período, diz-se que o indivíduo é portador assintomático do HIV. O exame é positivo, porém a pessoa está tão bem quanto qualquer outra que não tenha o HIV. No entanto, nessa fase a pessoa pode transmitir o vírus a outras ao se envolver em situações de risco.

Alguns indivíduos contaminados desenvolvem algumas doenças oportunistas (que não levam à morte) causadas pelo enfraquecimento do sistema de defesa natural provocado pela ação do HIV. Essas doenças se aproveitam da desorganização do sistema imunológico para se instalar no organismo humano, constituindo um quadro clínico relacionada à AIDS. Nessa fase, diz-se que a pessoa é portadora sintomática do HIV, podendo também transmiti-lo involuntariamente.

Essas doenças têm sinais clínicos - gânglios inflamados (ínguas), fadiga sem motivo, perda de peso involuntária, febres intermitentes, diarréias, tosses persistentes e suores noturnos - que não são, no entanto, exclusivos da infecção pelo HIV, e que podem ser ocasionados por uma série de outras doenças. Embora esses sinais sejam comuns entre portadores de HIV, a manifestação deles não caracterizam desenvolvimento exclusivo de AIDS.

Sabe-se que o HIV desorganiza o sistema imunológico. Quanto mais debilitado estiver o sistema imunológico, maior a possibilidade da pessoa vir a desenvolver AIDS. Vale a pena lembrar que uma pessoa portadora do HIV pode vir a desenvolver AIDS dentro de um período que dura, em média, oito a dez anos. No entanto, caso haja uma recontaminação por uma carga viral diferente, esse período pode ser abreviado.

As pessoas com AIDS são acometidas por uma série de infecções oportunistas ainda mais graves, dentre as quais destacamos algumas: pneumonia, tuberculose, candidíase, toxoplasmose e sarcoma de kaposi.

Testes anti-HIV

Só é possível saber se uma pessoa está ou não contaminada através da realização de testes laboratoriais que pesquisem a presença de anticorpos contra o HIV no sangue coletado.

A infecção pelo HIV é, em geral, seguida do aparecimento de anticorpos contra o vírus. Um número suficiente de anticorpos para ser detectado em exames anti-HIV aparece, normalmente, doze semanas após a contaminação. Este período, denominado "janela imunológica", é o responsável, na maior parte dos casos, pela ocorrência de exame com resultado falso negativo, uma vez que o organismo não teve tempo suficiente para produzir anticorpos anti-HIV.

No mercado brasileiro encontram-se, como já foi citado anteriormente, disponíveis os testes ELISA e WESTERN BLOT. O ELISA é o teste mais comumente realizado por se tratar de um exame de menor custo, com sensibilidade e especificidade altas. O WESTERN BLOT é, geralmente, usado como exame confirmatório (em caso de ELISA positivo) por ser um exame mais caro. No entanto, é recomendado que qualquer resultado seja repetido e confirmado após um período mínimo de quatro meses, recomendado pelo seu atendente.

O teste anti-HIV deve ser realizado em postos de serviço público de saúde capacitados para isso, onde o interessado receberá orientação psicológica e esclarecimentos sobre a necessidade real de fazer o exame. Nesses locais o interessado terá atendimento gratuito, anônimo e confidencial, tendo preservado o sigilo sobre o resultado de seu exame. O cuidado especial tomado na realização e interpretação do exame deve ser estendido à manipulação do resultado. A comunicação do resultado deverá ser feita por profissional de saúde preparado para oferecer suporte psicológico e aconselhamento.

Contudo, a maneira como a epidemia de HIV/AIDS foi tratada no meio social gerou a impressão de que a prevenção seria melhor executada se se realizassem exames em massa para se identificar pessoas com HIV. A intenção dessa prática mostra-se inoportuna e deixa transparecer reações com objetivos discriminatórios sob a capa da necessidade de assistência.

É vedada a exigência ou obrigação da realização de teste anti-HIV com finalidade pré-admissional ou nos períodos anuais de exames nas empresas. A portaria interministerial nº 796, de 25/05/1992 (Ministérios da Saúde e da Educação) impede qualquer exigência nesse sentido, sendo reforçada pela resolução nº 1.359/92, do Conselho Federal de Medicina. O médico do trabalho, sob hipótese alguma, pode revelar, a profissional mais graduado dentro da empresa, o resultado do exame de um funcionário sem o pleno consentimento deste.

Sabe-se que muitas empresas têm-se utilizado desse artifício a fim de demitir funcionários HIV positivos, dispensando qualquer possibilidade de auxílio. Nesse sentido, o exame anti-HIV acaba se tornando uma arma de opressão, exclusão, discriminação e preconceito contra qualquer indivíduo. É necessário tornar claro que uma pessoa com HIV continua portadora de direitos civis, sociais, trabalhistas e humanos; continua capaz de trabalhar e sentir-se produtiva.

Bancos de sangue

Ainda relacionado aos testes anti-HIV temos a situação de pessoas mal informadas que procuram bancos de sangue com a intenção de fazerem seu teste nesses locais. Pouco encorajados a procurar um serviço de saúde público especializado ou por já serem doadores habituais, esses indivíduos se dirigem aos bancos de sangue tendo em vista a oportunidade de fazerem exames gratuitos.

A problemática, nessa situação, está relacionada à "janela imunológica". Querendo se desfazer de uma dúvida, um indivíduo mal orientado poderá estar doando seu sangue dentro de um período de tempo no qual um exame ELISA não terá condições de apontar um resultado positivo real. Dessa forma, os produtos derivados do sangue doado poderão ser utilizados em outras pessoas e, se estiverem contaminados, contaminarão quem os receber.

Nesse caso, não se trata de impedir ou rejeitar a doação de sangue de indivíduos pertencentes a determinados segmentos sociais. Trata-se de, primeiro, conscientizar tanto o serviço quanto o doador em potencial esclarecendo sobre a necessidade de sinceridade e alguns exames físicos; em seguida, realizar uma entrevista detalhada com o possível doador no sentido de detectar situações e graus de riscos diferenciados em seu relato, aprimorando, desse modo, o mecanismo de selecionar doadores em potencial.

É necessário esclarecer que banco de sangue não é local adequado para fazer exame anti-HIV.

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